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O que é meningioma cerebral?

O meningioma cerebral é um dos tumores mais comuns de ocorrer e não é considerado de alta gravidade, pois na maioria das vezes é benigno. Leva esse nome pois resulta de uma anomalia no processo de divisão celular das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula. Para um pequeno meningioma que não cause sinais ou sintomas significantes monitorar o tumor sem qualquer tratamento imediato pode ser uma opção, isso é chamado observação.

Se o meningioma cerebral não crescer, o paciente pode não precisar de tratamento. Esses são tumores cerebrais de crescimento lento e muitas vezes não evoluem, sendo realizada apenas a observação sem qualquer tratamento. Por serem localizados nas extremidades do cérebro, na maioria das vezes, podem ser extraídos totalmente.

Quais Sintomas do Meningioma Cerebral?

Como outros tipos de tumores cerebrais, o meningioma afeta as estruturas cerebrais ao seu redor, por conta do seu crescimento anormal, podendo causar dores de cabeça, vômitos, rigidez, perda de sensibilidade ou força em algum membro, agitação motora, falta de coordenação, alterações visuais e auditivas, dificuldade para falar e convulsões. Esse tipo de tumor é mais comum em mulheres a partir dos 40 anos e a maioria pode ser retirada com neurocirurgia sem necessidade de tratamento complementar.

Diagnóstico do Meningioma Cerebral:

Esse tipo de tumor é conhecido por ser uma doença “silenciosa”, ou seja, não apresenta sintomas de imediato. Por conta disso, é comum que a doença seja identificada apenas em estágios mais avançados. Para se obter a confirmação da incidência de meningioma cerebral, são necessários exames de imagem do crânio como tomografia e ressonância magnética. O ideal é realizar exames preventivos.
Por ter sintomas diversos e inespecíficos, geralmente, a doença é apontada por alterações em um check-up, que deve ser realizado por adultos saudáveis a cada dois anos. O mesmo checkup deve ser realizado em intervalos menores para pacientes com doenças crônicas e histórico familiar de doença grave. Ao verificar indícios de doenças neurológicas, o médico da família ou clínico geral irá indicar um neurologista para uma avaliação mais criteriosa.

Quais são os tipos de meningioma?

Os meningiomas são classificados em 3 graus com base em como as células são vistas no microscópio:

Cerca de 80% dos meningiomas são tumores simples de grau I e se parecem mais com as células normais, podendo ser retirados apenas com cirurgia, contudo quando se formam próximo a estruturas vitais e não podem ser extraídos totalmente, pode ser necessária radioterapia complementar.

As células grau II constituem cerca de 15 a 20% dos casos e são chamadas atípicas ou invasivas. Os meningiomas desse tipo crescem junto ao osso ou ao tecido cerebral ou próximo a essas estruturas e tem maior chance de retornar após a cirurgia. O tipo mais raro é chamado anaplásico, células de grau III que manifestam-se apenas em 1% a 3% dos casos. De crescimento acelerado possuem maior tendência de metástase e recidiva. Como também crescem próximo a estruturas sensíveis podem requerer tratamento complementar com radioterapia.

Cirurgia para tratamento de Meningioma Cerebral:

O tipo mais comum de cirurgia para remover um meningioma é chamada de craniotomia. Este procedimento envolve fazer uma incisão no escalpo e remover um pedaço do crânio. O neurocirurgião pode, então, acessar e remover o tumor, ou o máximo que puder, enquanto tenta minimizar os danos ao cérebro. O neurocirurgião, então, pode substituir o osso e fechar a incisão.

Cirurgia minimamente invasiva de meningioma cerebral

As cirurgias minimamente invasivas evitam danos maiores aos tecidos, permitem uma recuperação mais rápida e podem ser realizados em alguns casos de meningioma cerebral.

O tipo de cirurgia para tratamento de meningioma cerebral varia de acordo com a sua localização. Por exemplo, lesões alojadas na convexidade cerebral devem ser tratadas com microcirurgia, utilizando um microscópio óptico de alta precisão para dissecar e separar as estruturas nervosas da lesão.

Para lesões na chamada base do crânio, uma região profunda do cérebro, utiliza-se também a cirurgia com endoscópio, procedimento minimamente invasivo que utiliza um equipamento (o endoscópio), com uma câmera acoplada à sua ponta, para se obter uma melhor visão da área afetada e retirar o tumor com maior precisão.

Usualmente, meningiomas cerebrais são lesões benignas, mas existem casos mais graves em que eles se apresentam como tumores malignos, em que há maior invasão das estruturas cerebrais próximas, devendo-se fazer uma ressecação maior. Dependendo da localização, há uma maior chance de sequelas.

Na consulta presencial o médico irá avaliar as condições físicas e histórico clínico, podendo solicitar exames específicos para verificar a localização exata do tumor, bem como a necessidade e a viabilidade de uma cirurgia. A extração cirúrgica do meningioma cerebral depende de sua localização, do estágio da doença e da saúde do paciente para realização de um procedimento invasivo. Mesmo cirurgias minimamente invasivas podem significar riscos para saúde de pacientes frágeis. Somente o neurocirurgião pode optar pela indicação ou não da cirurgia conforme a avaliação presencial do paciente.

Meningiomas cerebrais são tumores de menor complexidade e apresentam elevado grau de recuperação apenas com cirurgia especialmente se descobertos precocemente. A realização de exames de rotina é recomendada para todas as idades especialmente a partir dos 35 anos com frequência de dois anos para adultos saudáveis, um ano para pacientes com histórico familiar e de seis em seis meses para quem possui doenças crônicas como diabetes ou hipertensão. Mantenha seus exames de rotina atualizados.